Fernando Bottura, fundador da GoWork e CEO da Go Offices — Foto: Edilson Dantas
A crise da WeWork — com pedidos de despejo em série por falta de pagamento de aluguel e pelo menos uma liminar autorizando sua retirada de um imóvel — está beneficiando a concorrência.
A GoWork, empresa de escritórios compartilhados fundada por Fernando Bottura e que opera em São Paulo, calcula já ter fechado 33 contratos com clientes vindos da WeWork. Esses acordos somam 316 estações de trabalho.
A companhia afirma estar orçando outras 3 mil estações de trabalho a partir de contatos com clientes atuais da WeWork, além de negociar com nove proprietários de imóveis para assumir operações de clientes da concorrente.
Como mostrou O Globo há alguns dias, entre 30 de julho e 4 de setembro, ao menos doze processos de despejo foram abertos contra a WeWork por atraso no pagamento de aluguéis.
Ontem, os donos do prédio Girassol 555, no bairro paulistano da Vila Madalena, obtiveram uma liminar na Justiça autorizando o despejo da WeWork por causa do atraso no pagamento de três aluguéis consecutivos. A informação é do fundo imobiliário Rio Bravo Renda Corporativa, que detém pouco mais de um terço (34,81%) do edifício.
Mas a companhia ainda não foi despejada de nenhum imóvel, e negociações estão em curso com os proprietários.
Em algumas praças, a WeWork tem se mobilizado para manter os imóveis. Como publicou a coluna recentemente, a companhia pagou três aluguéis atrasados em seu principal endereço no Rio, a Torre Almirante, um edifício de alto padrão no Centro da cidade.
Por Rennan Setti – 18/09/2024