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Rede de coworkings GoWork volta a olhar com carinho para bairros comerciais

Empresa acabou de entregar a seguradora um empreendimento de 1,4 mil estações de trabalho que custou R$ 20 milhões, na avenida Paulista, em São Paulo

Depois de passar “muito frio na barriga”, Fernando Bottura, fundador e CEO da rede de coworkings GoWork, está animado com o futuro. Só que até viver o período de calmaria, Bottura viu a pauta do home office como única opção de modelo de trabalho ir e voltar algumas vezes entre players do mercado. “Houve fases da pandemia em que a certeza era de que o home office era a única opção. Hoje, já em um cenário mais seguro, dá para notar que não é assim”, afirma a PEGN.

Fernando Bottura, da GoWork (Foto: GoWork/Divulgação)
Fernando Bottura, fundador e CEO da GoWork (Foto: GoWork/Divulgação)

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De olho na mudança de cenário, a GoWork acaba de anunciar a entrega de um novo empreendimento na região da avenida Paulista, em São Paulo. Foram R$ 20 milhões investidos no projeto, que conta com 7 mil metros quadrados e 1,4 mil estações de trabalho. O local será exclusivamente ocupado por uma seguradora brasileira, que estruturou o pedido do escritório sob demanda junto a GoWork. “Eles perceberam que não precisavam mais de uma sede tão grande quanto a que tinham antes, então buscaram uma solução dinâmica, com uma localização mais próxima do metrô”, conta Bottura.

Das 1,4 mil estações, 600 já estão prontas e mais 200 devem ser entregues a cada mês até a conclusão das obras. “A equipe da empresa já está começando a ocupar”, diz. Entre os diferenciais de um projeto pensado em uma realidade em que palavras como distanciamento dominam as preocupações dos setores de recursos humanos, o novo empreendimento terá diferentes áreas externas, um rooftop para reuniões ao ar livre, um andar apenas para espaços lounge e até um redário. “Foi uma arquitetura bem interessante, adaptada ao novo momento”, afirma o CEO.

Imagem de um escritório da rede GoWork (Foto: Divulgação)
Imagem de um escritório da rede GoWork (Foto: Divulgação)

O empreendimento ainda contará com uma loja da seguradora e uma estação de atendimento ao cliente. Essa não é a primeira operação sob demanda da GoWork, que já montou espaços exclusivos para empresas como Ambev e Rappi, mas o novo projeto é o maior da história do negócio. “Algo tão grande assim nunca tinha sido feito.” Hoje, a empresa conta com 7 mil estações de trabalho entregues.

Número que deve aumentar logo. A GoWork anunciou com exclusividade a PEGN que mais dois empreendimentos na mesma região paulistana já estão em construção. Um de 4 mil metros quadrados e outro de 7 mil metros quadrados. Ao contrário do projeto junto a seguradora, a GoWork lançará os escritórios sem clientes efetivamente fechados. A prática faz parte da estratégia da rede de dar vazão à espera de empresas interessadas em locar os espaços. Segundo Bottura, são 1,2 mil estações de trabalho na fila. “Há uma demanda reprimida, por isso estamos negociando com muitos prédios novos”, conta.

GoWork investirá R$ 20 milhões para expandir (Foto: Divulgação)
GoWork investirá R$ 20 milhões para expandir (Foto: Divulgação)

Mudança de comportamento
Houve uma mudança de padrão dentro de parte da demanda. Se antes coworkings eram adotados principalmente por empresas da área de tecnologia ou startups na GoWork, a situação mudou. Segundo o empreendedor, empresas de diferentes ramos tradicionais passaram a olhar o modelo como uma alternativa. Entre os novos clientes fechando negócios com a rede, estão empresas da área de advocacia, indústria e contabilidade. Das 1,2 mil estações na fila, pelo menos 600 delas são para companhias tradicionais.

Outra transformação brusca no mercado foi a retomada do interesse por escritórios em regiões tradicionalmente comerciais. “No começo da pandemia, houve uma busca mais radial, perto de bairros residenciais, mas ela praticamente acabou. Agora, o interesse é totalmente nos grandes centros”, afirma Bottura. Não apenas nos bairros, mas em avenidas ou localidades muito próximas a estações de metrô e corredores de ônibus.

“Se antes o padrão era até dez quarteirões do metrô, hoje tem que ser na boca. As empresas querem que o colaborador vá e vá feliz, sem esforço.” Com tudo isso, a meta é crescer a receita 50% neste ano, em comparação com 2021, e ter um negócio avaliado em R$ 1 bilhão até 2027.

 

Fonte: https://revistapegn.globo.com/Startups/noticia/2022/02/rede-de-coworkings-gowork-volta-olhar-com-carinho-para-bairros-comerciais.html

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